8.11.10

23:08h

Entrei no meu quarto, vou á janela. Lá fora chove, e cada gota de chuva que percorre a minha janela de vidro é como quem corre para chegar á meta em primeiro lugar. Mas aqui, no meu quarto que se encontra coberto de cores vivas como se a alegria que o sol transmite nunca acabasse; a festa da vida ainda não começou. Sinto-me como um nada, estou completamente... nada.  Já não tenho lugar, nem cá nem lá. Estou no meio mas nem no meio estou! Espero que o tempo passe depressa, que o tempo passe mesmo depressa, ou se calhar que o tempo passe devagar mesmo muito devagar, como se tivesse parado. E quando o tempo andar devagar quase sem andar, eu vou passar por entre as gotas de chuva, e os intervalos da brisa, e assim vou ter um lugar, um lugar nos espaços vazios entre o tudo e o nada, um lugar no impossível no futuro e no passado, um lugar sem lugar. Estou não sei como, não sei explicar, juro! Já nem me percebo nem nada, mas fogo que ... confusão!  

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